Entre os alimentos que tiveram redução significativa, destacam-se o tomate, que caiu 13,39%, a batata-inglesa com uma diminuição de 8,59%, e a cebola que teve uma queda de 8,69%. O arroz, crucial na dieta brasileira, viu seu preço baixar 2,61%, enquanto o café moído reduziu 2,17%. Além disso, os combustíveis também apresentaram leve queda, com a gasolina diminuindo 0,94%, o etanol 0,82% e o gás veicular 1,27%.
Teixeira comemorou particularmente a queda do preço do arroz, ressaltando que quem, no ano passado, pagava entre R$ 27 e R$ 30 por um pacote de cinco quilos, agora pode encontrá-lo por valores entre R$ 15 e R$ 18. Segundo o ministro, essa redução é atribuída a uma produção agrícola robusta. Ele antecipou que o último Levantamento da Safra de Grãos para 2024/2025 apresentou resultados promissores, com expectativa de recordes consecutivos de safra ao longo de três anos.
O ministro também destacou o expressivo investimento no setor agrícola, com o Plano Safra totalizando cerca de R$ 500 bilhões, onde R$ 78 bilhões são direcionados à agricultura familiar, que conta com juros subsidiados.
Com essa tendência de queda nos preços nos setores de habitação, alimentação e bebidas, o Brasil registrou uma inflação negativa de 0,11% em agosto, representando uma queda de 0,37 ponto percentual em relação ao mês anterior. Este resultado marca o primeiro índice negativo desde agosto de 2024 e é o mais significativo desde setembro de 2022. Ao longo de 2025, a inflação acumulada está em 3,15%, e em 12 meses, a taxa é de 5,13%, inferior aos 5,23% do ano anterior.
Teixeira fez um esclarecimento importante sobre a relação entre esses resultados e as decisões de governo, afirmando que a recente deflação nos alimentos não é resultado do que chamou de “tarifaço”, um fenômeno que aconteceu antes e que, segundo ele, não deve ser confundido com as atuais intervenções governamentais voltadas ao controle da inflação, uma das principais preocupações da administração do Presidente Lula.