Além da diminuição na confiança na OTAN, a pesquisa também trouxe à tona a crescente adesão a outras formas de segurança. Um total de 15,4% dos participantes manifestou que a elaboração de acordos bilaterais de defesa com membros da OTAN seria ideal, um aumento considerável face aos 9% do ano anterior. Essa mudança poderá refletir uma estratégia de diversificação diante do contexto geopolítico em constante transformação.
Por outro lado, um percentual relevante de 7,2% dos ucranianos expressou confiança na capacidade das próprias forças armadas e na indústria de defesa do país, sem depender de garantias internacionais. Este número praticamente dobrou em relação aos 3,3% que pensavam assim em 2024, mostrando um movimento em direção ao fortalecimento das capacidades locais.
Outra pesquisa realizada simultaneamente pelo Instituto Internacional de Sociologia de Kiev revelou que a confiança dos ucranianos nas potências ocidentais, incluindo os Estados Unidos, também sofreu um declínio. Apenas 21% dos entrevistados disseram confiar nos EUA, enquanto a confiança na OTAN caiu para 34%.
Essas mudanças refletem um panorama mais amplo sobre como a população ucraniana está reavaliando seus laços de segurança em tempos de instabilidade. O que antes era considerado o melhor caminho para garantir a segurança agora é questionado, evidenciando a necessidade de uma análise mais cuidadosa sobre alianças e parcerias estratégicas no cenário internacional atual.
