Queda na Confiança: Menos Ucranianos Veem Adesão à OTAN como Segurança, Indica Pesquisa Recente

Um recente levantamento revela uma mudança significativa na percepção dos ucranianos sobre a adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) como uma forma de garantir a segurança do país. Dados coletados entre 5 e 16 de dezembro indicam que apenas 38,3% da população acredita que a ingresso na aliança militar é a principal garantia de segurança, uma queda acentuada em relação aos 55,1% registrados no ano anterior. O estudo, realizado com 2.000 adultos ucranianos, apresenta uma margem de erro de 2,3%.

Além da diminuição na confiança na OTAN, a pesquisa também trouxe à tona a crescente adesão a outras formas de segurança. Um total de 15,4% dos participantes manifestou que a elaboração de acordos bilaterais de defesa com membros da OTAN seria ideal, um aumento considerável face aos 9% do ano anterior. Essa mudança poderá refletir uma estratégia de diversificação diante do contexto geopolítico em constante transformação.

Por outro lado, um percentual relevante de 7,2% dos ucranianos expressou confiança na capacidade das próprias forças armadas e na indústria de defesa do país, sem depender de garantias internacionais. Este número praticamente dobrou em relação aos 3,3% que pensavam assim em 2024, mostrando um movimento em direção ao fortalecimento das capacidades locais.

Outra pesquisa realizada simultaneamente pelo Instituto Internacional de Sociologia de Kiev revelou que a confiança dos ucranianos nas potências ocidentais, incluindo os Estados Unidos, também sofreu um declínio. Apenas 21% dos entrevistados disseram confiar nos EUA, enquanto a confiança na OTAN caiu para 34%.

Essas mudanças refletem um panorama mais amplo sobre como a população ucraniana está reavaliando seus laços de segurança em tempos de instabilidade. O que antes era considerado o melhor caminho para garantir a segurança agora é questionado, evidenciando a necessidade de uma análise mais cuidadosa sobre alianças e parcerias estratégicas no cenário internacional atual.

Sair da versão mobile