O incidente ocorreu quando Daniela, ao encostar no parapeito da varanda da casa alugada, caiu do deck e acabou presa em um arame farpado. A rápida ação de sua prima, Raquel Serrati, que é enfermeira, foi crucial para iniciar os primeiros socorros e contatar o serviço de emergência.
Por estar em uma localização remota, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) demorou cerca de uma hora e meia para chegar ao local do acidente, o que evidenciou os desafios enfrentados pela família diante da situação emergencial.
Com um custo elevado, o resgate e o transporte de Daniela para tratamento em Brasília geraram despesas de mais de R$ 400 mil. O anfitrião do imóvel e o Airbnb, plataforma pela qual a casa foi alugada, foram apontados como possíveis responsáveis por negligência e falta de segurança no local.
O advogado especialista em direito do consumidor, Caio de Luccas, explica que o anfitrião tem a obrigação legal de garantir a segurança dos hóspedes e pode ser responsabilizado civil e até criminalmente em casos graves. Já o Airbnb, por sua vez, deve fiscalizar se os imóveis atendem aos requisitos mínimos de segurança e pode ser responsabilizado por permitir a listagem de propriedades inseguras.
A família de Daniela relatou que o Airbnb não ofereceu suporte imediato após o acidente e não propôs nenhuma forma de indenização até o momento. A plataforma foi procurada para comentar o caso, mas até o fechamento desta reportagem, não havia se manifestado.
Enquanto Daniela se encontra em tratamento de reabilitação na Rede Sarah em Brasília, a família segue arcando com os custos do tratamento por meio de vaquinhas, aguardando por um desfecho por parte do Airbnb. A bela paisagem de Itacaré foi palco de uma triste história que alerta para a importância da segurança e responsabilidade no setor de locação de imóveis para temporada.