Queda de quase US$ 7 bilhões nas receitas do canal de Suez preocupa Egito e impacta comércio global em 2024.

Em 2024, o Egito enfrentou uma significativa queda nas receitas provenientes do Canal de Suez, reportando uma diminuição de impressionantes 60% em comparação ao ano anterior. Este declínio representa uma perda financeira estimada em quase US$ 7 bilhões, o equivalente a cerca de R$ 43,1 bilhões. A informação foi compartilhada pelo presidente da Autoridade do Canal de Suez, Osama Rabie, em uma reunião com o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi.

A redução nas receitas é atribuída a uma combinação de fatores, com destaque para os eventos recentes ocorridos no Mar Vermelho e na região de Bab el-Mandeb, que prejudicaram a navegação no canal e afetaram negativamente o comércio global. Em anos anteriores, especialmente durante o exercício fiscal de 2022 a 2023, o canal gerou receita superior a US$ 10 bilhões, consolidando sua posição como uma das principais fontes de ingresso para o orçamento egípcio.

O Canal de Suez é uma artéria vital para o comércio internacional, permitindo a passagem de navios que, de outra forma, teriam que fazer longos desvio por volta da África. Contudo, desde o outono de 2023, muitos armadores têm evitado a rota do canal devido ao aumento das hostilidades na região, especialmente em relação ao movimento iemenita Ansar Allah, que provocou preocupações sobre a segurança das embarcações transitando por essas águas.

Essa mudança no tráfego de navios representa um desafio significativo para a economia egípcia, que historicamente depende das receitas do canal para sua estabilidade fiscal e financeira. A expectativa é que, embora a situação atual represente um golpe duro, a recuperação do tráfego no canal possa levar tempo, uma vez que as tensões geopolíticas na região continuam a influenciar as decisões comerciais globais.

Assim, o Egito enfrenta um cenário desafiador, com a necessidade de diversificar suas fontes de receita e encontrar soluções que garantam a segurança e a atratividade da navegação pelo Canal de Suez, um ativo vital para o comércio internacional e para a própria economia do país.

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