Queda de 2% nos preços do petróleo resulta de fraco crescimento de empregos nos EUA e aumento na produção da OPEP+

Na última sexta-feira, os preços do petróleo registraram uma queda de 2% em virtude de dados desfavoráveis sobre o crescimento do emprego nos Estados Unidos e expectativas de um aumento na produção por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e seus aliados. O petróleo bruto West Texas Intermediate, utilizado como referência em Nova York, para entrega em outubro fechou a US$ 61,87 por barril, com uma diminuição de US$ 1,61, ou 2,5%. Em Londres, o petróleo Brent, que tem entrega prevista para novembro, encerrou a sessão a US$ 65,50, representando uma baixa de US$ 1,49, ou 2,2%.

Os dados mais recentes do Departamento do Trabalho dos EUA revelaram que apenas 22 mil novos empregos foram criados em agosto, um número alarmante que ficou mais de 70% abaixo das expectativas do mês anterior e também da previsão do mercado. Em julho, foram geradas 79 mil vagas de emprego não agrícolas, enquanto os analistas tinham projetado uma criação de 75 mil para agosto. Essa desaceleração no emprego nos EUA levanta questões sobre a recuperação econômica e sua provável influência na demanda por petróleo.

Além disso, os preços do petróleo apresentaram enfraquecimento recentemente devido a expectativas de que a OPEP+ — um grupo que inclui os 13 membros da OPEP e dez países aliados — concordará em aumentar a produção em sua próxima reunião. Essa possibilidade pode sinalizar uma oferta maior no mercado mundial, o que geralmente pressiona os preços para baixo. Os investidores estão atentos a essas reuniões, uma vez que decisões sobre a produção de petróleo podem ter um impacto significativo em uma ampla gama de economias dependentes dessas commodities.

Diante desse cenário, o mercado observa com cautela os desdobramentos das políticas econômicas e as respostas do setor energético, que continuam sendo fatores determinantes no comportamento dos preços do petróleo. As decisões tomadas na reunião da OPEP+ podem influenciar não apenas o setor energético, mas também a economia global como um todo, especialmente em um momento em que a recuperação econômica ainda enfrenta desafios.

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