Esses dados refletem uma mudança significativa nos hábitos de consumo, onde a tecnologia não se limita apenas ao ato de comprar, mas se estende a todas as etapas do processo. Os consumidores se mostram cada vez mais engajados em utilizar assistentes virtuais para otimizar a escolha de itens, especialmente aqueles que exigem um investimento mais elevado, como eletrodomésticos e equipamentos eletrônicos.
Gabriele Zuccarelli, especialista na área de varejo, analisa que a pesquisa aponta um valor agregado ao uso de IA em cada fase da compra. Desde a busca por produtos até o suporte posterior à venda, a inteligência artificial se tornou uma ferramenta essencial para muitos brasileiros. Além de auxiliar na escolha, a tecnologia é utilizada para buscar instruções de uso e recomendações adicionais após a aquisição, demonstrando que sua aplicação vai além do simples ato de compra.
Entre os produtos mais frequentemente adquiridos por meio da inteligência artificial, destacam-se eletrodomésticos e eletrônicos, seguidos por itens de casa e decoração, além de beleza e cuidados pessoais. Essas categorias representam um total de 63% a 66% das intenções de compra dos consumidores, refletindo uma confiança crescente na tecnologia.
As preferências dos consumidores em relação às plataformas de interação com a IA também foram analisadas. Um número significativo, 49%, opta por ferramentas do dia a dia, valorizando a integração e o conhecimento prévio de suas preferências. Outros 44% fazem uso das tecnologias disponíveis nos navegadores, e 40% preferem interagir com assistentes nos sites e aplicativos de marcas e marketplaces.
Esses dados indicam uma tendência clara: os brasileiros estão cada vez mais dispostos a integrar a inteligência artificial em suas rotinas de compra, reconhecendo seu valor em proporcionar maior facilidade e eficiência nas decisões de consumo. O futuro do varejo, portanto, passa pela adoção e aprimoramento dessas tecnologias, que prometem transformar a experiência do consumidor de maneira significativa.
