Quando estamos com todas as nossas necessidades básicas em dia, sobra mais tempo para nos preocuparmos em como passaremos o resto de nossas vidas. É por isso que também pensamos mais em como podemos atrair a felicidade para nossos dias. Porém, tem gente que não acredita nisso, falando que não passa de bobagem. Será?
A felicidade é um conceito muito difícil de definir. Os filósofos gregos acreditavam que isso acontece quando temos uma vida boa e que vai além do prazer temporário. Hoje em dia, diversas correntes de pensamento encaram a felicidade de formas variadas: seria uma alegria momentânea, para alguns, ou a aceitação por um grupo que respeitamos, para outros. Mas isso ainda é muito vago…
A idade te deixa mais feliz
Por ser difícil de definir, diversos cientistas testam estudos sobre como cada indivíduo encara a felicidade. Existe uma fórmula secreta de atingi-la? O segredo da felicidade para mim funcionaria para outra pessoa? Analisar grupos heterogêneos parece uma forma de chegarmos a um denominador comum, mas por ser um conceito muito subjetivo a felicidade pode nem sempre ser igual para todos.
Um estudo comandado pela Universidade de Chicago, que teve duração de 32 anos e foi feito com 28 mil pessoas, descobriu que os mais velhos costumam ser mais felizes que os mais jovens. Aos 88 anos, 1 em cada 3 pessoas se considerava feliz. Essa taxa cai para 1 a cada 4 pessoas na faixa dos 18 a 20 anos. Uma hipótese para explicar isso é a de que os idosos têm mais consciência de que a perfeição raramente é alcançada a todo o momento.
O dinheiro e a religião também são fatores que podem influenciar no quanto uma pessoa é feliz, mas não são a solução para tudo. “As pessoas religiosas podem ser mais felizes do que os ateus, mas somente se a sociedade a que pertencem valorizar altamente a religião, algo que nem sempre acontece”, explica a pesquisadora Sandra Udson.
A felicidade nas pequenas coisas
A professora Sonja Lyubomirsky, autora do livro “A Ciência da Felicidade”, descobriu que 50% da felicidade é determinada por fatores genéticos, 40% é controlada por si mesmo e que 10% dependem do entorno no qual a pessoa está inserida. Ou seja: você nunca terá controle pleno daquilo que pode te deixar feliz. Agora, definir o que te deixa feliz não é tão fácil. “Em geral, as pessoas têm passado muito tempo tentando se sentir bem o tempo todo. Em vez disso, deveríamos nos concentrar em descobrir o que é importante e o que não é”, pondera Mark Manson, autor de um livro que ensina a arte de não se importar com problemas desnecessários.
Algumas etapas da vida possuem o dom de ser frustrantes. Concluir uma faculdade, escrever um livro, construir uma casa: são projetos que consomem energia e nem sempre a recompensa é imediata. Mesmo assim, a maioria das pessoas investe nisso para uma felicidade em longo prazo.
Por isso, Gretchen Rubin, que passou 1 ano buscando a própria felicidade e transformou isso em um livro, sugere começar com pequenos projetos. “Em vez de investir na meditação diária para responder perguntas profundas de autoidentidade, eu deveria começar com o básico, como ir dormir em uma hora decente e não me deixar ficar com muita fome, por exemplo”, escreve Gretchen. E, convenhamos, a felicidade pode estar, sim, em uma bela bomba de chocolate e em uma noite agradável de sono. E isso já é um belo pontapé inicial.
Megacurioso
25/10/2016