O esquema criminoso, liderado por uma família residente em Sobradinho 1, contava com cinco integrantes, incluindo pai, mãe e três filhas adultas. O patriarca, que já possuía antecedentes criminais e usava tornozeleira eletrônica, estava à frente do núcleo da organização criminosa. Os membros da quadrilha costumavam exibir seus bens materiais nas redes sociais, chamando a atenção das autoridades.
Durante a operação, foram cumpridos 24 mandados de prisão e 37 de busca e apreensão em diversas localidades do Distrito Federal e de outras partes do país. Os líderes do grupo criminoso tiveram 17 carros de luxo e um jet ski apreendidos, além de R$ 5 milhões bloqueados por decisão judicial.
As investigações tiveram início há aproximadamente um ano e meio, após denúncias de clientes lesados em compras realizadas por plataformas digitais. A quadrilha aliciava comparsas para alugar veículos em grandes locadoras utilizando documentos falsos. Após adulterações, os carros eram vendidos ou alugados pela internet.
O esquema operava em diversos estados do Brasil, incluindo Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Amazonas e São Paulo. Os veículos eram absorvidos pelos criminosos e posteriormente repassados no Distrito Federal e até mesmo em outros países, através da fronteira com o Mato Grosso.
Para ocultar o dinheiro obtido com os golpes, o grupo investigado criou cerca de 70 contas bancárias. Além disso, recorreu à abertura de duas empresas de fachada para lavagem do dinheiro proveniente das transações ilegais. A quadrilha atuava com carros populares e de luxo, buscando um grande número de vítimas potenciais.
Durante as buscas, foram encontradas armas no Rio Grande do Sul e uma grande quantidade de drogas, como haxixe e entorpecentes sintéticos, no Distrito Federal. A operação Rental representou um duro golpe nas atividades criminosas dessa organização, demonstrando o comprometimento das autoridades em combater crimes dessa natureza.