A iniciativa possibilitou a expedição de cinco mandados de busca e apreensão, os quais foram autorizados pela 17ª Vara Criminal da Capital. Segundo informações fornecidas pela coordenação do Gaesf, essa investigação foi minuciosamente conduzida ao longo de três anos. Durante esse período, foi possível identificar um complexo esquema de fraudes estruturadas operado por empresas conhecidas como “noteiras”. Estas empresas eram arquitetas na emissão de notas fiscais fraudulentas, que tinham o intuito de gerar créditos tributários de forma indevida. Este processo fraudulento facilitava a criação de “avatares”, ou seja, empresas fictícias utilizadas para fins de obtenção de enriquecimento ilícito por meio dessas fraudes.
O desdobramento mais recente da operação Efésios 4:25 culminou na apreensão de diversos documentos, aparelhos eletrônicos e outros materiais que, presumivelmente, serviram de suporte para a prática dos crimes investigados. A investigação revelou a participação ilegal de diversos profissionais e empresários, incluindo contadores, intermediários e “laranjas”. Estas pessoas estão sob acusação de envolvimento em organização criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documentos e fraudes societárias. Além disso, outros delitos ainda estão sendo investigados.
Para a execução eficaz da operação, o Gaesf contou com um robusto apoio institucional. Esse suporte incluiu a contribuição da Procuradoria-Geral do Estado, Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) e as forças policiais Civil e Militar de Alagoas. O nome da operação, Efésios 4:25, traz uma referência simbólica a um trecho bíblico, onde o apóstolo Paulo exorta os Efésios a abandonarem a mentira e falarem sempre a verdade.
O Gaesf é uma força-tarefa integrada composta por diversos órgãos estaduais, entre eles, o Ministério Público do Estado de Alagoas, Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), e a Secretaria de Segurança Pública, além de contar com o apoio da Perícia Oficial de Alagoas. A composição diversificada do Gaesf reforça sua capacidade de atuar de forma eficaz no combate à criminalidade financeira no estado.