Ao todo, seis pessoas foram condenadas, incluindo cinco homens identificados como líderes da organização e uma mulher que agia como intermediária entre os funcionários do aeroporto de Guarulhos, São Paulo, e os traficantes. Este aeroporto foi a base operacional do grupo. As sentenças foram proferidas na 6ª Vara Federal de Guarulhos sob a supervisão do juiz Márcio Augusto de Melo Matos, que destacou a abundância de provas materiais confirmando a prática de tráfico de drogas.
Na lista dos condenados está Gleison Rodrigues dos Santos, conhecido como “Vovô”, que recebeu a pena mais severa, sendo condenado a 39 anos, 8 meses e 10 dias de prisão em regime inicial fechado. Fernando Reis de Araújo, apelidado “Brutus”, foi sentenciado a 26 anos, 3 meses e 23 dias em regime fechado. Matheus Luiz Melo da Silva, chamado “Man”, e Eubert Costa Ferreira Nunes, o “Bahia”, ambos foram condenados a 8 anos e 2 meses em regime semiaberto. Já Charles Couto Santos recebeu uma sentença de 7 anos em regime semiaberto. Por último, Carolina Helena Pennacchiotti foi condenada a 16 anos e 4 meses em regime fechado.
A operação que culminou nas condenações, batizada de “Operação Efeito Colateral”, foi conduzida pela Polícia Federal em julho do ano passado, resultando na prisão preventiva de todos os integrantes do grupo. A materialidade dos crimes estava solidamente comprovada, retificando a eficácia das ações policiais no combate ao tráfico de drogas.
Ademais, a investigação revelou que, além do incidente na Alemanha, outros dois casos de remessa de cocaína para a Europa utilizando a mesma estratégia de troca de etiquetas nas malas foram identificados. Em outubro de 2022, a quadrilha conseguiu enviar 86 quilos da droga ao aeroporto de Lisboa, em Portugal. Em março de 2023, cocaína foi novamente enviada, desta vez para o aeroporto de Paris, França. A Polícia Federal está empenhada em desmantelar completamente a rede de tráfico e prevenir episódios semelhantes no futuro.
Com essas condenações, espera-se que a Justiça possa inibir a ação de outras organizações criminosas que atentam contra a segurança das fronteiras aéreas e a integridade de cidadãos involuntariamente envolvidos em tais esquemas.