De acordo com o delegado Guilherme Sabino, responsável pela investigação do caso, os criminosos se infiltram nos condomínios utilizando roupas típicas da comunidade judaica, como camisa branca, calça social, peruca para simular cabelo liso, quipá e tzitzit. Com essa aparência, conseguem persuadir os porteiros e ter acesso aos prédios. Uma vez no interior dos apartamentos vazios, arrombam as portas com uma chave de fenda e roubam principalmente valores em espécie e joias.
A Secretaria da Segurança Pública informou que pelo menos três ocorrências de furto já foram registradas na região desde o início de outubro. A ação dos suspeitos tem chamado a atenção e preocupado os moradores e autoridades locais.
Em uma das invasões, que ocorreu na rua Maranhão, os criminosos tentaram fugir pelo mesmo portão de entrada, mas foram impedidos pelo porteiro. Em uma cena de tensão, um dos suspeitos precisou pular em uma estrutura de metal para escapar, enquanto o outro partiu para a agressão contra o funcionário.
A polícia conseguiu cumprir um mandado de busca na residência de um dos suspeitos, onde foram encontrados diversos objetos utilizados nos crimes, como simulacro de arma de fogo, capa de colete balístico, peruca, tablet, semijoias e celulares. Segundo o delegado, os criminosos ainda tinham o hábito de fotografar os itens furtados para compartilhar nas redes sociais. A equipe de investigação pretende reunir mais provas para solicitar a prisão temporária dos envolvidos e encerrar as atividades da quadrilha que tem causado prejuízos e insegurança na região de Higienópolis.
