A performance da quadrilha vencedora foi avaliada em 149,4 pontos, superando a concorrente “Santa Fé”, que obteve 149,1 pontos. Na sequência, a quadrilha “Dona Dadá” ficou em terceiro lugar com 148,0 pontos, enquanto “Carnarraiá” e “Fazendinha” foram classificadas em quarto e quinto, com pontuações idênticas, mas com algumas diferenças em critérios de desempate.
O evento, organizado pela Organização Arnon de Mello, atraiu um público considerável, que acompanhou as apresentações com entusiasmo. Os jurados avaliaram aspectos como a originalidade do enredo, a coreografia, a indumentária e a marcação dos dançarinos.
A narrativa do espetáculo “Até Que a Morte Nos Separe” aborda temas profundos, como a luta contra a violência doméstica, refletindo as dores e desafios enfrentados por muitas mulheres. A história segue Maria das Dores, uma mulher que, após o casamento, vê sua vida se transformar em um pesadelo marcado por abusos e humilhações. O espetáculo já destaca não apenas o sofrimento, mas também a resistência e a força feminina.
Outras apresentações também brilharam, como “Galanga, Chico Rei”, da quadrilha Santa Fé, que homenageou a trajetória e a resistência do povo negro. Enquanto isso, “Dona Dadá” retratou a vivência de um garoto em uma feira nordestina, e “Fazendinha” emocionou ao narrar a luta de Ritinha contra o câncer, simbolizando a força do amor e da fé.
“Carnarraiá” trouxe uma abordagem mística ao apresentar mitos e lendas dos ribeirinhos, permitindo que as tradições e a cultura local fossem celebradas de maneira vibrante.
O concurso não apenas valorizou as quadrilhas, mas também estimulou a reflexão sobre questões sociais, trazendo à tona diálogos importantes através da arte. A vitória da quadrilha “Amanhecer no Sertão” é um reflexo do talento, dedicação e do trabalho coletivo de seus integrantes, que se uniram para criar uma apresentação impactante e memorável.