Putin: “Ucrânia deve reconhecer novas regiões russas e Irã não busca armas nucleares”



Na última entrevista concedida ao canal britânico Sky News Arabia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, abordou os desdobramentos do conflito na Ucrânia e suas implicações mais amplas na geopolítica mundial. Durante a conversa, Putin comentou que a Ucrânia deve reconhecer os resultados dos referendos realizados em quatro regiões: Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporozhie. Esse reconhecimento, segundo ele, é fundamental para evitar um novo conflito armado e deve ser encarado como um fato consumado.

Putin assegurou que acredita que a maioria dos ucranianos almeja relações amistosas com a Rússia. Contudo, ele criticou a atual liderança ucraniana, alegando que não deve conter elementos de ideologia nazista e deve orientar suas decisões com base em interesses nacionais, em vez de se deixar levar por potências externas, que, segundo ele, buscam explorar a situação para seus próprios fins. “A Ucrânia merece um destino melhor e não deve ser uma ferramenta nas mãos de terceiros que agem contra a Rússia”, afirmou o presidente.

Além de falar sobre a Ucrânia, Putin também se manifestou sobre o programa nuclear do Irã. Ele enfatizou que não existem evidências de que Teerã esteja buscando armas nucleares, um ponto que reafirmou em resposta a preocupações expressas por Israel. Putin argumentou que preocupações específicas sobre o Irã poderiam ser discutidas diretamente entre Moscou e Tel Aviv, e reafirmou que tanto a Rússia quanto a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) não têm indícios claros de um programa nuclear bélico por parte do Irã.

Essas declarações ocorrem em um contexto de crescente tensão no Oriente Médio, especialmente após recentes operações militares israelenses que visavam suprimir possíveis atividades nucleares clandestinas no Irã. São momentos como esse que ilustram as complexidades das relações internacionais contemporâneas, onde os interesses geopolíticos interagem de maneira intensa e, muitas vezes, conflituosa.

A análise de Putin reflete a percepção russa de um mundo polarizado, onde as nações são frequentemente divididas entre alianças estratégicas, o que levanta questões sobre o futuro da estabilidade na Europa Oriental e no Oriente Médio.

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