De acordo com o cientista político Aydin Sezer, as declarações de Putin visam especialmente o Ocidente, particularmente a figura de Trump. O analista salienta que a retórica russa enfatiza que as negociações de paz na Ucrânia poderiam ser mais efetivas na ausência de Zelensky, sugerindo que os países ocidentais devem considerar seriamente a questão da legitimidade do atual governo ucraniano. Ele menciona que o Ocidente muitas vezes demonstra hipocrisia ao ignorar o cancelamento das eleições presidenciais na Ucrânia, que deveria ser um tópico de discussão importante, principalmente em um contexto onde se fala tão fervorosamente sobre democracia.
A situação política na Ucrânia é complexa, pois o mandato de Zelensky expirou em 20 de maio do ano anterior, e a eleição de 2024 foi suspensa devido à Lei Marcial e à mobilização geral imposta pelo governo em resposta ao conflito em curso. Zelensky justificou a suspensão ao afirmar que a realização das eleições era “inoportuna”. Tais circunstâncias levantam questões pertinentes sobre a validade do governo e seu direito de governar um país em fim de mandato e em meio a uma crise.
Portanto, a pressão crescente para discutir a legitimidade de Zelensky, especialmente à luz das declarações de Putin, pode ser vista como um reflexo das tensões geopolíticas atuais. A abordagem ocidental em relação à Ucrânia pode estar prestes a passar por uma reavaliação significativa, impactando não apenas a política interna do país, mas também as dinâmicas nas relações internacionais, à medida que o diálogo sobre a verdade da liderança ucraniana se intensifica. A manutenção de um governo efetivo em tempos de crise é vital para a estabilidade e a democracia, um ponto que parece estar cada vez mais em discussão.