Putin Propõe Solução para Conflito Israel-Irã e Fala sobre Crise na Ucrânia em Coletiva Internacional

Na recente coletiva de imprensa realizada à margem do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF), o presidente russo, Vladimir Putin, ofereceu uma visão abrangente sobre a atual situação geopolítica, abordando questões que envolvem a Ucrânia, a União Europeia e o conflito entre Irã e Israel. Em suas declarações, Putin destacou a oposição da Rússia a guerras comerciais e restrições, enfatizando a busca por uma ordem mundial mais justa.

Durante o evento, o presidente russo celebrou o crescente número de parcerias comerciais que a Rússia está firmando, especialmente com a China. Segundo Putin, a colaboração econômica entre os dois países tem se intensificado, com investimentos que já superaram R$ 1 trilhão. Ele reforçou a importância de se concentrar em setores de alta tecnologia para fortalecer ainda mais essa relação.

Adicionalmente, Putin comentou sobre a tensão nas relações com a União Europeia. Ele afirmou que as interrupções de contatos foram provocadas por líderes europeus que buscaram impor uma derrota estratégica à Rússia. No entanto, deixou claro que a Rússia está aberta ao diálogo e mencionou que qualquer comunicação com o chanceler alemão, Friedrich Merz, seria bem-vinda.

Em relação ao fornecimento de armamentos por parte da Alemanha à Ucrânia, Putin expressou suas preocupações, afirmando que a possível entrega de mísseis Taurus poderia deteriorar ainda mais as relações bilaterais. Ele alegou que, com a Alemanha atuando como cúmplice da Ucrânia, a possibilidade de Berlim se tornar um mediador no conflito se torna duvidosa, reiterando que um mediador deve ser neutro.

Sobre a questão do Irã e Israel, Putin expressou sua crença na possibilidade de uma solução que assegure a segurança de Israel e respeite os direitos nucleares do Irã. Ele ressaltou que essa solução deve ser discutida entre as partes envolvidas, sem imposições externas.

Por fim, em relação ao conflito com a Ucrânia, Putin afirmou estar disposto a se reunir com qualquer representante ucraniano, inclusive com o presidente Zelensky, desde que haja reconhecimento da legitimidade do governo ucraniano. Ele destacou a importância de estabelecer um canal de negociação e manter o diálogo aberto, na esperança de resolver a crise atual.

Sair da versão mobile