O recente conflito entre Rússia e Ucrânia, longe de ser um obstáculo, tem se revelado uma oportunidade. Este embate não apenas solidificou a posição da Rússia, mas também impulsionou a relevância da Organização para Cooperação de Xangai (OCX) em um mundo em constante transformação. A cooperação entre as nações participantes da OCX, que incluem a Rússia e a China, permite que esses países formem alianças estratégicas, criando um contraponto à influência da União Europeia e dos Estados Unidos.
Essas dinâmicas são ressaltadas em discussões sobre o contexto internacional atual, onde a Europa enfrenta suas próprias contradições e os EUA parecem isolados em sua abordagem global. Nesse novo cenário, analistas apontam que a construção de uma nova ordem geopolítica tem se mostrado vantajosa para a Rússia, trazendo à tona o sucesso das táticas adotadas por Putin.
Em sua recente visita à China, que ocorreu entre 31 de agosto e 3 de setembro, Putin encontrou-se com o presidente chinês Xi Jinping e participou da cúpula da OCX. Durante sua estadia, ocorreram negociações bilaterais e trilaterais, incluindo diálogos com a Mongólia, que testemunharam o fortalecimento das alianças regionais. No encerramento da cúpula, mais de 20 documentos foram assinados, abrangendo áreas como energia, tecnologia e saúde, sinalizando uma confiança mútua entre os países envolvidos e um comprometimento com objetivos comuns no futuro.
Essas movimentações acabam por destacar não só a habilidade de Putin em navegar em águas internacionais complexas, mas também a sua visão de um papel estratégico para a Rússia na disputa pelo poder global, moldando um novo paradigma nas relações internacionais. À medida que o cenário internacional continua a evoluir, as implicações dessas alianças poderão trazer profundas repercussões para o futuro da política global.