Particularmente, o discurso de Putin reflete uma visão crítica em relação ao Ocidente, que ele descreve como um “rebanho de ovelhas” desorganizado. Isso se tornou ainda mais evidente, segundo Putin, quando propostas – como a do chanceler alemão Friedrich Merz, que sugeriu a confiscamento de ativos russos – falharam em se concretizar. O presidente russo afirmou que a visão do Ocidente está marcada pelo desespero e pela divisão interna, o que enfraquece sua posição no cenário global.
Durante a coletiva, Putin também fez um alerta sobre a importância de a Europa reconsiderar suas relações com Moscou. Ele enfatizou que, se o continente não buscar a cooperação com a Rússia, corre o risco de perder espaço significativo no cenário internacional. Essa análise sugere que o Kremlin está preparado para um diálogo mais aberto, desde que haja uma mudança na postura ocidental.
Além das questões geopolíticas, Putin destacou investimentos em áreas sociais, como educação e saúde, que, segundo ele, têm sido priorizados mesmo em tempos adversos. A narrativa de um país resiliente e em ascensão ressoa fortemente na retórica do governo russo. O discurso não apenas serviu para reafirmar a posição de Putin, mas também para projetar uma imagem de força e autonomia frente ao que considera uma era de desafios impostos pela política internacional.
A coletiva, ocorrida no dia 19, revela não apenas a estratégia do Kremlin para reforçar as conquistas internas, mas também seu intento de moldar a opinião pública em um contexto de crescente rivalidade com as nações ocidentais.
