Putin e delegação dos EUA avaliam plano de paz para a Ucrânia em reunião produtiva, mas sem acordo imediato, segundo assessor e fontes do Kremlin.

Nesta terça-feira, o assessor presidencial russo Yuri Ushakov fez uma declaração sobre a recente reunião entre o presidente Vladimir Putin e uma delegação norte-americana, composta pelo enviado especial Steve Witkoff e pelo conselheiro informal Jared Kushner. Ushakov classificou o encontro, que teve duração aproximada de cinco horas no Kremlin, como “útil e construtiva”, apesar de reconhecer que algumas partes do plano de paz dos Estados Unidos para a Ucrânia foram alvo de críticas por parte da Rússia.

O encontro focou nos aspectos principais do plano apresentado pelos Estados Unidos, que inclui 28 pontos. Além do documento inicial, a Rússia recebeu quatro documentos adicionais, mas as partes não avançaram em propostas específicas. Segundo Ushakov, Putin demonstrou abertura para concordar com certos elementos do plano, ao mesmo tempo em que levantou objeções a outras partes. Ele ressaltou que, até o momento, nenhum acordo foi formalizado e que não há uma nova reunião entre os líderes programada, embora as partes tenham manifestado interesse em continuar o diálogo.

O representante especial do Kremlin, Kirill Dmitriev, compartilhou em redes sociais que a reunião foi “produtiva”, ressaltando a esperança por avanços nas negociações. Após o encontro, Witkoff encaminhou-se para a Embaixada dos EUA em Moscou, indicando que as conversas poderão continuar em um ambiente mais reservado. O Kremlin informou ainda que não havia um limite estipulado para as discussões, permitindo que assuntos complexos fossem abordados com profundidade. Ambas as partes concordaram em manter a confidencialidade sobre os detalhes das conversas, com futuras negociações sendo conduzidas por representantes e assessores dos Ministérios de Relações Exteriores.

As discussões em Moscou são um desdobramento dos diálogos que ocorreram na Flórida, onde temas como garantias de segurança e arranjos territoriais foram tratados. Esses temas foram inicialmente considerados “difíceis” e “complicados”, mas progressos são esperados. Enquanto isso, Moscou também anunciou recentes conquistas militares no leste da Ucrânia, afirmando ter tomado controle de cidades estratégicas, o que foi contestado por Kiev, que aponta exageros nas alegações russas e dificuldades em suas linhas de defesa.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo