Putin afirmou que o apoio nacional ao Exército e à Marinha, bem como o profissionalismo de seus soldados e o trabalho das indústrias de defesa, foram fundamentais para manter essa vantagem estratégica. No entanto, ele não hesitou em criticar a envolvêcia dos Estados Unidos, alegando que Washington está alimentando o regime de Kiev com armas e recursos financeiros, o que, segundo ele, acirra ainda mais o conflito. O presidente afirmou que essa assistência militar busca debilitar a Rússia e infligir uma derrota estratégica ao país.
Além disso, Putin expressou preocupações sobre a escalada militar da OTAN na Europa, mencionando o aumento dos gastos militares dos países membros e o agrupamento de tropas próximas às fronteiras russas. Ele ressaltou que, enquanto a Rússia oferece uma política de dissuasão nuclear, as alegações ocidentais sobre uma ameaça russa são, segundo sua visão, uma tática para amedrontar a população e justificar a militarização crescente na região.
Em seu discurso, o presidente também destacou a intensificação da produção de equipamentos militares, especialmente drones e sistemas de mísseis de alcance intermediário. Para cerrar as críticas, o ministro das Forças Armadas da Rússia, Andrei Belousov, revelou números alarmantes sobre as perdas do exército ucraniano, com estimativas que alcançam 560 mil soldados mortos e feridos somente em 2024.
Putin concluiu sua fala reiterando que a Rússia está em constante vigilância e pronta para responder a qualquer provocação, aplainando o terreno para as próximas etapas de sua intervenção militar. Com isso, o líder russo busca reafirmar a posição de Moscou no cenário internacional e a sua disposição de manter a segurança e a soberania da Federação Russa em face de desafios percebidos.