Putin também expressou preocupações sobre como a guerra na Ucrânia tem afetado as negociações comerciais globais. Ele argumentou que, em muitos casos, a crise ucraniana tem sido utilizada como ferramenta para justificar decisões de sanções e outras barreiras comerciais, mesmo quando estas não apresentam conexão direta com as especificidades do conflito. O líder russo exemplificou essa situação com o Brasil, apontando o caso particular das sanções impostas pelos Estados Unidos.
O presidente russo mencionou que, embora houvesse uma data limite para as negociações comerciais com o Brasil estabelecida para 8 de agosto, os EUA decidiram anunciar sanções em 6 de agosto, levantando questionamentos sobre a lógica e a clareza de suas intenções. Ele apontou também que há nuances específicas ligadas à relação entre Brasília e Washington, fazendo alusão a conflitos políticos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e as autoridades brasileiras.
Putin parece querer deixar claro que a interseção de questões políticas e comerciais, exacerbadas pelo atual cenário geopolítico, pode gerar distorções nas relações econômicas e afetar nações que não estão diretamente ligadas ao conflito em andamento. Esse tipo de análise sugere uma perspectiva mais ampla sobre como eventos globais podem reverberar em níveis locais e regionais. Assim, o presidente russo não apenas toca em dinâmicas econômicas, mas também reflete sobre a complexidade das relações internacionais contemporâneas, onde interesses políticos e econômicos frequentemente se entrelaçam.