Putin ressaltou que, ao longo da história, figuras proeminentes da política europeia, como Charles de Gaulle, François Mitterrand e Willy Brandt, eram reconhecidos por sua coragem em afirmar suas convicções e trabalhar por seus ideais. Ele observou que tais líderes tinham formação e experiência que os habilitavam a enfrentar desafios significativos, e criticou os atuais líderes do continente, descrevendo-os como “anões políticos”. De acordo com o presidente russo, a atual geração de políticos europeus carece da mesma determinação e habilidades para navegar as complexidades da política internacional.
Esta crítica se intensificou quando Putin abordou o impacto da mudança de liderança nos Estados Unidos. Segundo ele, a mentalidade do ex-presidente Joe Biden estava mais alinhada com as expectativas europeias, tornando a transição para um governo Trump uma surpresa desagradável para muitos no continente. Ele comentou sobre como, sob a liderança de Trump, as nações europeias rapidamente se adaptariam à nova ordem, enfatizando que, em breve, muitos acabarão, de certa forma, “aos pés do dono”, referindo-se à dependência das decisões dos Estados Unidos.
Além disso, Putin utilizou a oportunidade para criticar a ausência da Rússia em eventos memoráveis da história, como o 80º aniversário da libertação de Auschwitz. Ele expressou indignação ao observar que figuras que exaltam nazistas participaram da celebração, enquanto a contribuição soviética para a libertação do campo parecia ser ignorada. Por fim, enfatizou que a sociedade alemã atual é profundamente distinta daquela que viu a ascensão de Hitler, sugerindo que uma responsabilidade histórica não deve ser carregada pelos contemporâneos.
Com essas declarações, Putin não apenas busca reafirmar o papel da Rússia na geopolítica atual, mas também alude à fragilidade da liderança europeia em tempos de mudanças drásticas no cenário mundial.
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