De acordo com o documento publicado em canais oficiais, a nova doutrina nuclear da Rússia tem um caráter essencialmente defensivo. Entre os pontos mais relevantes está a visão de que as armas nucleares são reconhecidas como um mecanismo de dissuasão, cuja utilização representa um recurso extremo e necessário apenas em situações críticas. A proteção da integridade territorial da Federação russa e de seus aliados, como Belarus, está no cerne dessa estratégia.
Um dos aspectos notáveis da nova doutrina é a estipulação de que qualquer agressão contra a Rússia ou seus aliados será considerada uma ameaça não apenas ao Estado agredido, mas à coalizão militar como um todo. Isso reflete uma postura agressiva perante o potencial adversário, enviando uma mensagem clara sobre a inevitabilidade de retaliações em caso de ataques. Nesse contexto, a Rússia reserva-se o direito de utilizar suas armas nucleares em resposta a qualquer uso de armas de destruição em massa direcionadas a ela ou seus aliados.
Destacou-se ainda que a nova política tem o objetivo de garantir a cessação das hostilidades em condições que sejam aceitáveis para o governo russo, demonstrando sua intenção de manter uma posição forte nas negociações internacionais e nos conflitos regionais.
O porta-voz da presidência, Dmitry Peskov, comentou sobre a relevância do decreto, sugerindo que suas implicações devem ser examinadas cuidadosamente dentro e fora da Rússia, o que evidencia a preocupação do Kremlin com a reação da comunidade internacional a essa atualização estratégica.
Assim, a aprovação da nova doutrina nuclear deve gerar conseqüências significativas nas dinâmicas de segurança e defesa não apenas na Europa, mas em todo o cenário global, à medida que as grandes potências revisitarem suas políticas em resposta às novas diretrizes da Rússia.