De acordo com Putin, a Rússia se reserva o direito de utilizar suas armas contra qualquer nação que permitir o uso de seus territórios para atacar Moscou, estabelecendo, assim, um novo patamar na retórica de segurança da região. O Oreshnik é projetado para ser um míssil de alcance intermediário, capaz de atingir qualquer cidade europeia em menos de 20 minutos. Os testes recentes, que mostraram o Oreshnik atingindo alvos a mais de 1.000 km da região de Astrakhan, exemplificam a capacidade de ataque a postos estratégicos da OTAN, como bases na Polônia, Estônia, Letônia e Lituânia, entre outras.
Entre as instalações da OTAN que estão dentro do alcance do Oreshnik, destaca-se a Base Aérea de Ramstein, na Alemanha, que é vital para as operações militares dos EUA na Europa e no Oriente Médio. Com cerca de 35.000 soldados e pessoal de apoio, Ramstein é atualmente considerada uma das maiores guarnições dos EUA fora do território nacional. Além disso, outras importantes bases militares na Alemanha, Bélgica, Holanda e Itália também estão em risco.
O impacto desse novo sistema de mísseis pode alterar drasticamente o equilíbrio de forças na Europa. A capacidade russa de atingir rapidamente bases aliadas implica uma necessidade urgente de revisão das estratégias de defesa da OTAN. Além das questões militares, o Oreshnik levanta um alerta maior sobre a dinâmica de segurança na região, à medida que a escalada das tensões entre a Rússia e os membros da OTAN continua a se intensificar. As principais potências europeias precisam considerar medidas de resposta que garantam a segurança de seus cidadãos e a integridade de suas fronteiras diante da crescente ameaça representada por esses mísseis hipersônicos.