Quando chegamos ao ponto de nos tornar agressivos, seja com um adulto ou com uma criança, seja através de atos físicos ou de palavras ríspidas, estamos agindo dessa forma apenas porque nossa paciência chegou ao limite. É normal explodir em determinados momentos, mas devemos admitir que essa explosão geralmente acontece em defesa do nosso próprio alívio, não necessariamente pelo bem do próximo.
Ao gritar ou aplicar castigos físicos nos nossos filhos, muitas vezes estamos fazendo isso apenas para o nosso próprio conforto, para interromper algo que nos irrita. Alegamos estar exercendo uma severidade educacional, mas na verdade estamos perdendo a compostura e agindo de forma mais primitiva.
Muitos especialistas em comportamento humano como Burrhus Skinner e Ivan Pavlov desenvolveram teorias que mostram como os estímulos podem condicionar respostas em um organismo. No entanto, é importante lembrar que essas respostas não são reflexos de vontades conscientes, mas sim reações automáticas a estímulos externos.
Ao educar uma criança, é essencial adotar estratégias de comunicação que envolvam mais persuasão do que imposições. Educar não pode ser sinônimo de adestrar por desconforto, mas sim de levar a criança a fazer escolhas conscientes por meio da persuasão. Isso envolve construir estratégias de comunicação que usem recursos da vida lúdica e que se baseiem em encantamento, em vez de lógicas racionais.
É importante lembrar que, mesmo crianças muito jovens, têm o poder de pensar e de tomar decisões. Ao educá-las, devemos buscar persuadi-las do que é melhor, levando-as a duvidar da adequação do seu comportamento, em vez de simplesmente interditá-lo. Educar envolve menos hostilidade e mais sedução, criando uma relação que desperte afetos positivos. Em suma, a educação requer um cuidado constante, uma atenção às necessidades e aos desejos das crianças, além de uma capacidade de persuasão que as leve a fazer escolhas conscientes e aprimorar sua autonomia.









