Publicitário é preso após deixar mala com tronco da namorada em rodoviária de Porto Alegre; reincidente por assassinato da mãe

Polícia Civil do RS Investiga Assassinado Aterrador de Publicitário

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul divulgou imagens que revelam os momentos que antecederam um crime hediondo: o publicitário Ricardo Jardim, de 65 anos, é suspeito de matar e esquartejar sua namorada. As cenas capturadas por câmeras de segurança mostram o indivíduo carregando uma mala que continha o tronco da vítima até o guarda-volumes da rodoviária de Porto Alegre, justamente no dia 20 de agosto, por volta das 20h12. O suspeito, para dificultar sua identificação, cobriu o rosto com uma máscara cirúrgica, além de usar boné e óculos escuros.

Os investigadores, durante uma coletiva de imprensa realizada na última sexta-feira (5), apresentaram detalhes chocantes do caso. Foram analisadas imagens de monitoramento de 34 estabelecimentos nas proximidades da rodoviária, permitindo aos policiais rastrear os passos de Ricardo nas horas que antecederam a entrega da mala. Os vídeos mostram o publicitário em um supermercado, onde, em um momento de descuido, retirou a máscara, revelando seu rosto.

O delegado Mario Souza, que comanda o Departamento de Homicídios, trouxe à tona informações preocupantes sobre o perfil de Ricardo: ele teria assassinado a namorada no dia 9 de agosto. Os primeiros restos mortais da mulher foram localizados em uma área isolada do bairro Santo Antônio, na zona leste da cidade, em 13 de agosto, dentro de sacolas de lixo. A mala deixada por ele na rodoviária continha o tronco da vítima e foi abandonada apenas sete dias após o crime brutal.

Este não é o primeiro encontro de Ricardo com as autoridades. Em 2018, ele foi condenado a 28 anos de prisão por um crime igualmente devastador: o assassinato e a ocultação do corpo da própria mãe em um armário. A Justiça constatou que a mulher, de 76 anos, foi morta com 13 facadas. Surpreendentemente, mesmo após esse ato cruel, ele conseguiu o benefício de progressão para o regime semiaberto em 2024.

A ampla repercussão deste caso, não apenas na mídia local, mas também em veículos de comunicação nacional, levanta questões sobre a eficácia do sistema penal em lidar com reincidentes e a proteção à sociedade diante de criminosos tão perigosos. O desfecho desse caso promete ser igualmente impactante, à medida que a investigação avança e mais detalhes emergem.

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