PT Lança Curso para Reconquistar Atração de Evangélicos Após Crescente Rejeição Entre Eleitores e Críticas à Gestão de Lula



Em um cenário de crescente descontentamento entre os eleitores evangélicos, o Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu adotar uma abordagem estratégica para reverter essa situação. A Fundação Perseu Abramo, instituiçâo voltada à formação política vinculada ao partido, recentemente lançou um curso online intitulado “Fé e democracia para militância evangélica brasileira”. Este curso é direcionado não apenas aos filiados e dirigentes do PT, mas também a militantes e lideranças sociais e religiosas, buscando fortalecer a comunicação e o entendimento com um grupo que atualmente se mostra como crítico ao governo Lula.

A situação é preocupante: segundo dados de uma pesquisa recente, 48% dos evangélicos avaliam negativamente o desempenho do presidente, considerando-o ruim ou péssimo. Apenas 20% acreditam que a gestão do PT pode ser classificada como boa ou ótima. Em contraste, a insatisfação entre os católicos é menor, com 36% expressando reprovação. Esses números indicam uma clara necessidade de o partido reavaliar sua postura e suas estratégias em relação a um segmento da população que, tradicionalmente, fazia parte de sua base.

Diante disso, o PT tem se empenhado em estreitar relações com essa comunidade, o que inclui a identificação de lideranças evangélicas que poderiam ser integradas em cargos de comando dentro da legenda. Luís Sabanay, pastor presbiteriano e coordenador do Grupo de Estudos sobre Religião da Fundação, enfatiza que o objetivo principal é fornecer ferramentas ao PT para melhorar a relação com a comunidade evangélica, reforçando que essa parcela da população é parte da classe trabalhadora.

Essa movimentação manifesta uma tentativa clara da legenda em reconquistar a confiança de um segmento social que, nos últimos anos, se alinhou de forma significativa ao conservadorismo, apresentando resistência ao discurso progressista que sempre foi a marca do PT. É um desafio que requer adaptação e diálogo, refletindo a necessidade de um mundo político cada vez mais plural e diversificado. A iniciativa representa não apenas um esforço de aproximação, mas uma estratégia para assegurar que o partido não perca uma parte vital de sua base eleitoral em um momento de polarização crescente na sociedade.

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