Segundo as regras eleitorais do PT, para que uma candidatura seja validada, é necessário o apoio de cinco membros do Diretório Nacional do partido. Dani atendeu a essa exigência, mas, surpreendentemente, uma das assinaturas foi retirada após a validação inicial. Com isso, sua candidatura foi indeferida. Em sua defesa, ela argumentou que não existe no regulamento uma explicação clara para essa situação, levantando questões sobre a transparência e a justiça do processo.
Emocionada, a turismóloga expressou sua indignação: “Fui surpreendida, após vibrar de alegria e receber tanto afeto nas ruas e nas redes sociais. Meu chão ruiu.” Dani destacou a importância de sua representação como uma mulher trans negra da Zona Oeste do Rio de Janeiro, e enfatizou que essa rejeição poderia comprometer anos de luta por visibilidade e igualdade tanto para ela quanto para o partido que representa.
Em resposta às reclamações, o PT afirmou que a candidatura de Dani não atendeu às exigências do regimento. Assim, continuam na disputa nomes como Edinho Silva, Valter Pomar, Romênio Pereira e Rui Falcão. A votação está agendada para o dia 6 de julho, e a controvérsia envolvendo a rejeição de Dani Nunes continua a ser um ponto focal nas discussões políticas atuais, levantando questionamentos sobre a inclusão e a representatividade dentro das estruturas partidárias. O episódio lança luz sobre as barreiras que muitas pessoas enfrentam na busca por um espaço equitativo na política, além de chamar atenção para a necessidade de um debate mais amplo sobre os critérios de validação de candidaturas em partidos que se proclamam progressistas.