Farias criticou duramente a decisão de Fux, apontando que a absolvição do ex-presidente contraria a postura anterior do próprio STF. Para ele, Fux, ao absolver Bolsonaro, estaria isentando “tubarões” enquanto responsabiliza “peixinhos”, referindo-se às duzentas pessoas que já foram condenadas no caso de 8 de janeiro deste ano por envolvimento em atos de violência em Brasília. O deputado destacou que a duplicidade nas decisões do ministro Fux é notória, uma vez que ele mesmo anteriormente considerou que as alegações contra aqueles que participaram dos eventos provocativos eram válidas.
Além disso, Lindbergh questionou a argumentação de que o STF não seria o foro adequado para avaliar o caso de Bolsonaro, o que considera inaceitável. Segundo Farias, o mesmo juiz que havia sancionado as condenações de outros indivíduos sob a mesma jurisdição agora faz um jogo duplo, o que gera desconfiança em relação à imparcialidade do julgamento. Ele descreveu a posição de Fux como um “ataque” à instituição, destacando que a Corte já se encontra sob a mira de críticas da direita e de setores do governo dos Estados Unidos.
O parlamentar manifestou suas expectativas em relação aos próximos votos, mencionando os ministros Cristiano Zanin e Cármen Lúcia, que, segundo ele, devem trazer opiniões firmes. Farias ainda salientou a atuação do ministro Alexandre de Moraes, que identificou a operação Punhal Verde Amarelo e a conexão direta de Bolsonaro na trama. Lindbergh concluiu sua fala prevendo uma rápida resolução do caso, acreditando que até sexta-feira (12), haverá uma condenação definitiva relacionada à participação de Bolsonaro nos eventos golpistas. Essa situação acirra ainda mais o clima tenso e polarizado em torno das instituições brasileiras.