PSOL Solicita Prisão de Alexandre Ramagem Após Viagem aos EUA e Condenação pelo STF devido a Risco de Fuga

Na última quarta-feira, 19 de novembro de 2025, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) protocolou junto à Polícia Federal (PF) um pedido de prisão imediata do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). O pedido surgiu após a condenação de Ramagem pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por sua participação em um esquema golpista e após sua viagem para Miami, nos Estados Unidos. Os parlamentares que assinaram a solicitação, incluindo Pastor Henrique Vieira, Glauber Braga e Talíria Petrone, destacaram a possibilidade de que Ramagem tenha fugido do Brasil, uma vez que há informações que indicam que ele estaria residindo em um condomínio de luxo na cidade americana.

A condenação imposta pelo STF foi substancial: Ramagem recebeu uma pena de 16 anos, um mês e 15 dias de reclusão em regime fechado. Além disso, a Corte decidiu, por maioria, pela cassação de seu mandato. Essa deliberação ainda depende de confirmação por parte da Câmara dos Deputados, uma vez que precisa ser ratificada após o trânsito em julgado.

Alexandre Ramagem não é um nome desconhecido na política brasileira; ele serviu como diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Sua condenação está vinculada a uma ação penal sobre um esquema em que utilizou a Abin como uma plataforma de contrainteligência ao serviço de uma organização criminosa. Durante seu tempo à frente da agência, Ramagem foi acusado de produzir e disseminar informações falsas com a finalidade de atacar adversários políticos.

As provas apresentadas nos autos incluem documentos que sugerem uma colaboração entre Ramagem e o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o que agrava ainda mais a situação do deputado. O PSOL, ao solicitar a prisão, enfatizou que a atual residência de Ramagem nos EUA pode dificultar a execução de sua pena e representar um risco de fuga, um aspecto que tem gerado sentimentos de indignação entre os parlamentares e a sociedade civil.

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