A situação do PSOL já estava comprometida desde o primeiro turno, quando o atual prefeito de Belém (PA), Edmilson Rodrigues, não conseguiu se reeleger, ficando em terceiro lugar na disputa. Segundo aliados, o desgaste de sua gestão, marcada por problemas na área de saúde e com o lixo, foi um dos fatores determinantes para sua derrota. Além disso, a falta de articulação política também contribuiu para o resultado negativo.
É importante ressaltar que a rejeição nas pesquisas foi tão evidente que o ex-presidente Lula (PT) optou por não se envolver diretamente na campanha de Edmilson, gravando vídeos discretos em apoio ao candidato do PSOL. No Rio de Janeiro, Tarcísio Motta, candidato do partido, obteve apenas 4,20% dos votos, ficando em terceiro lugar. A crise no estado também é reflexo da saída de Marcelo Freixo, que deixou o PSOL em 2022 para concorrer pelo PSB, sem sucesso.
A dificuldade nacional do partido foi evidenciada ainda mais com a formação de uma federação com a Rede Sustentabilidade em 2022. Essa união, criada pela Reforma Eleitoral de 2021, teve o objetivo de evitar mais perdas eleitorais. Enquanto a Rede conseguiu eleger quatro prefeitos ainda no primeiro turno, o PSOL enfrentou uma situação desafiadora ao ficar sem nenhuma prefeitura em 2024.