Fux, no entanto, isentou Braga Netto de várias outras acusações, incluindo organização criminosa e tentativa de golpe de Estado. O ministro justificou sua decisão pela ausência de uma estrutura organizada e pela falta de continuidade necessária para caracterizar esses crimes. Essa argumentação levanta importantes questões sobre a efetividade da ação acusatória e os critérios que fundamentam as decisões do Judiciário em casos de tamanha gravidade.
O cenário se intensifica com a votação em andamento na Primeira Turma do STF, onde já se formou uma maioria para condenar Braga Netto. Os votos de outros ministros, como Alexandre de Moraes e Flávio Dino, convergem com a avaliação de Fux, criando um contexto de pressão sobre o ex-ministro. No entanto, a decisão final ainda está pendente, aguardando as manifestações de Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.
Esse desenvolvimento não é apenas um capítulo importante na trajetória legal de figuras centrais da política brasileira, mas também um reflexo das tensões persistentes que marcam o atual período democrático do país. À medida que os detalhes do caso se desenrolam, torna-se evidente que a relação entre poder, justiça e segurança no Brasil continua a ser um tema de grande relevância e controvérsia, dignificando análises mais apuradas sobre o papel das instituições em tempos de crise política. A repercussão das decisões que estão por vir poderá moldar o futuro da democracia brasileira e das figuras que a protagonizam.