A votação no BEC revelou uma divisão clara: quatro membros votaram a favor da candidatura de Georgescu, enquanto dez se posicionaram contra. Essa decisão desencadeou manifestações de seus apoiadores, que, em um ato de indignação, tentaram invadir as instalações do BEC ao derrubar uma cerca. No entanto, a polícia interveio rapidamente para controlar a situação e evitar que a multidão adentrasse o prédio.
Georgescu, expressando sua insatisfação por meio das redes sociais, caracterizou a decisão como um severo ataque à democracia. Ele descreveu a circunstância como um “golpe no coração da democracia” e advertiu sobre a gravidade da situação, que poderia ser um sinal de comprometimento das liberdades democráticas na Europa. As eleições na Romênia, que ocorreram em 24 de novembro, tinham visto Georgescu emergir como um candidato forte, recebendo 22,94% dos votos em um primeiro turno disputado, o que o colocou à frente de sua concorrente, Elena Lasconi, que obteve 19,18%.
Entretanto, as esperanças de Georgescu foram frustradas em 6 de dezembro, quando o Tribunal Constitucional anulou os resultados da eleição, invocando irregularidades significativas, incluindo alegações de um uso desequilibrado do TikTok para promoção de sua campanha. Apesar de tentar contestar essa decisão em diferentes instâncias da justiça, sua apelação não teve sucesso, levando seus apoiadores a organizarem protestos constantes desde janeiro, reivindicando a reversão da anulação dos resultados e a restauração do processo democrático.
O desenrolar deste conflito na Romênia não apenas desperta a atenção nacional, mas também levanta preocupações sobre o estado da democracia na região, à medida que a população debate o futuro político do país e busca respostas para as críticas situações enfrentadas por líderes e eleitorado.