Protestos na Paraíba criticam Hugo Motta em meio a mobilizações nacionais contra a PEC da Blindagem e anistia a condenados dos atos de 8 de janeiro.

No último domingo (21), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, encontrou-se no epicentro de intensos protestos em seu estado natal, a Paraíba. Manifestantes se reuniram em várias cidades brasileiras para expressar seu descontentamento em relação à proposta de Emenda Constitucional conhecida como “PEC da Blindagem” e ao polêmico projeto de anistia que pretende isentar penalmente indivíduos condenados pelos atos de vandalismo de 8 de janeiro.

Na capital paraibana, João Pessoa, os protestos se concentraram em torno do Busto Tamandaré, onde faixas e gritos clamavam por mudanças. Os manifestantes não economizaram nas críticas ao parlamentar, entoando palavras de ordem como “fora, Hugo Motta” e exibindo cartazes com apelos para que não fosse reeleito nas próximas eleições. A insatisfação popular refletiu uma preocupação mais ampla com as diretrizes políticas que têm tomado o espaço no Congresso Nacional, alimentando um clima de revolta em diversas esferas sociais.

Hugo Motta, que carrega consigo um histórico familiar de engajamento político — sendo filho e neto de políticos de destaque na Paraíba — se viu cercado por uma atmosfera de descontentamento popular. Seu pai, Nabor Wanderley da Nóbrega Filho, atualmente prefeito de Patos e ex-deputado estadual, e seu avô, Edivaldo Motta, que também ocupou cadeiras no Legislativo estadual e federal, fazem parte de uma linhagem que consagrou a política familiar na região. A avó, Francisca Motta, ainda em atividade como deputada estadual, também exerceu a função de prefeita de sua cidade natal, Patos.

Em outras localidades do Brasil, a mobilização se intensificou com a participação de artistas renomados, como Maria Gadú, Gilberto Gil, Chico Buarque, Djavan e Caetano Veloso, que se uniram aos protestos no Rio de Janeiro. Estes eventos destacaram não apenas a coletividade do descontentamento, mas também o papel da cultura na resistência contra decisões políticas consideradas prejudiciais.

A aprovação da PEC da Blindagem e a urgência na votação do projeto de anistia na Câmara dos Deputados simbolizam um desafio rigoroso para a democracia brasileira, levando milhares de cidadãos a tomarem as ruas em defesa de seus direitos e contra a impunidade. A mobilização, portanto, vai além de uma simples crítica a um político: reflete um clamor por transparência e responsabilidade na esfera política, colocando à prova o compromisso do governo com a vontade popular.

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