Protestos massivos na Escócia marcam a visita de Donald Trump, enquanto presidente discute cessar-fogo na Ásia e negociações comerciais com a União Europeia.

No último sábado, 26 de julho, a Escócia se viu dividida em meio à visita do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que estava no país para desfrutar de um momento de lazer em seu campo de golfe em Turnberry. Enquanto Trump passava o dia jogando golf, protestos aconteceram em várias cidades, com centenas de manifestantes se reunindo em Edimburgo e Aberdeen, expressando seu descontentamento com a presença do líder americano.

Desde a noite anterior à sua chegada, Turnberry se transformou em uma verdadeira fortaleza, com um imponente esquema de segurança em vigor, composto por fechamentos de estradas e uma grande presença policial, mobilizada para garantir a segurança do presidente e de sua comitiva. A visita, que une lazer e compromissos diplomáticos e comerciais, trouxe à tona sentimentos controversos entre os locais, gerando divisões significativas nas opiniões da população.

O grupo opositor conhecido como “Coalizão Stop Trump” organizou os protestos, nos quais cartazes como “A Escócia odeia Trump” e bandeiras palestinas foram vistos. Em Aberdeen, a deputada Maggie Chapman, do Partido Verde Escocês, não hesitou em criticar Trump, describindo-o como sexista e misógino, e responsabilizando seu resort de golfe pela destruição do patrimônio natural da região. Outras vozes se juntaram ao coro do protesto, questionando as políticas do presidente americano e fazendo referências a situações de crise internacional, como o conflito em Gaza.

Curiosamente, apesar da resistência, Trump também encontrou apoiadores; em suas primeiras horas na Escócia, um grupo de fãs o aguardava no Aeroporto de Prestwick, expressando seu apoio e elogiando sua administração. Isso ilustra uma polarização no debate sobre a figura do presidente, que, mesmo enfrentando forte oposição, ainda conta com uma base fiel de seguidores.

Enquanto ainda em solo escocês, Trump anunciou progressos nas negociações para um cessar-fogo entre Camboja e Tailândia, onde conflitos recentes deixaram 33 mortos. As negociações, que ele descreveu como “muito boas”, refletem seu papel ativo em questões internacionais, mesmo que sua presença em eventos mais próximos de casa seja amplamente contestada.

Na sequência, Trump tem uma reunião agendada com Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, onde a pauta comercial será discutida em um cenário de incertezas nas tarifas entre os EUA e a União Europeia. A visita a Turnberry marca, assim, não apenas um momento pessoal para Trump, mas também um ponto de inflexão nas relações comerciais e diplomáticas, ampliadas na expectativa de renegociações essenciais com parceiros europeus.

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