Durante a visita ao município de Paiporta, um dos mais impactados pela tragédia, Sánchez e sua comitiva foram recebidos com lama, insultos e até arremesso de objetos. Em resposta à hostilidade, o premiê Espanhol proferiu declarações polêmicas, referindo-se a alguns dos manifestantes como “marginais violentos”, enfatizando que não permitirá que “pessoas violentas absolutamente marginais” desviem o foco das ações necessárias para a recuperação da região.
Apesar das críticas, o presidente expressou compreensão pela angústia da população afetada, ressaltando que seus esforços estão voltados para ajudar as vítimas e a recuperação das áreas devastadas. Ele declarou: “Compartilhamos a angústia dos cidadãos. Conhecemos as suas necessidades e temos prioridades claras: salvar vidas, recuperar os corpos das pessoas que morreram e reconstruir as áreas afetadas pela DANA.”
As chuvas torrenciais que atingiram a Espanha resultaram em uma tragédia histórica, segundo a agência meteorológica do país, com um saldo de 211 mortos e um número indeterminado de desaparecidos — estima-se que esse número pode chegar a mais de dois mil. O fenômeno também causou apagões elétricos e interrupções em serviços de telecomunicações em diversas regiões, além da suspensão da circulação de trens e veículos.
O governo tem enfrentado crescente pressão para agir de forma eficaz na recuperação das áreas atingidas, enquanto os cidadãos clamam por respostas concretas e solidariedade em um momento de extrema necessidade. As ações da administração de Sánchez serão cuidadosamente observadas, à medida que o país tenta se recuperar dos efeitos devastadores da tempestade.