As alegações de fraude durante as eleições proliferaram após o presidente Aleksandar Vucic afirmar ter vencido com uma maioria esmagadora. No entanto, observadores internacionais relataram “irregularidades” no processo eleitoral, incluindo “compra de votos” e “manipulação de urnas”. Em resposta, os manifestantes realizaram ataques ao Ministério da Administração Pública e à Câmara Municipal, quebrando janelas e provocando confrontos com a polícia.
Os manifestantes utilizaram pedaços de madeira, pedras e ovos para partir as janelas do edifício administrativo, sendo rapidamente repelidos pela polícia, que agiu utilizando gás lacrimogêneo para dispersá-los. Durante o confronto, 35 pessoas foram presas e oito policiais ficaram feridos. O chefe do Departamento de Polícia do Ministério do Interior, Ivica Ivkovic, destacou que os detidos estão sendo acusados de tentar alterar violentamente a ordem constitucional e de comportamento violento em uma reunião pública, de acordo com o Código Penal da República da Sérvia.
A situação envolvendo as eleições na Sérvia tem chamado a atenção internacional, com países como os Estados Unidos e Alemanha expressando preocupações com as “irregularidades” no processo eleitoral. A União Europeia também pediu por “melhorias tangíveis e mais reformas” no processo eleitoral do país.
Além disso, as alegações de abusos durante as eleições incluem a organização e transporte de eleitores do exterior para votar nas eleições locais em Belgrado, um fenômeno denominado “migrantes eleitorais”. Marinika Tepic, representante da oposição, acusou Vucic de supervisionar esse esquema, enquanto o presidente negou as acusações.
Os protestos e a polêmica em torno das eleições continuam a agitar a Sérvia, com a oposição unida sob a bandeira “Sérvia contra a Violência” e tentando obter o reconhecimento de suas alegações de fraude eleitoral. A situação envolvendo as eleições na Sérvia ainda deve permanecer como um foco de atenção política e social nas próximas semanas.