Protestos globais reagem a bombardeio nos EUA e apoiam o cessar-fogo no Oriente Médio; atos ocorrem em cidades dos EUA, Irã e Europa.

No último domingo, uma onda de protestos e manifestações tomou as ruas de várias cidades ao redor do mundo, respondendo ao ataque recente às usinas nucleares iranianas. Nos Estados Unidos, milhares de pessoas se reuniram em metrópoles como Nova York e Los Angeles para expressar sua indignação contra essa ação militar, vista por muitos como uma nova escalada em um conflito já tenso.

Na Big Apple, a mobilização destacou a voz de Natália Marquez, uma das organizadoras do ato. Em uma entrevista, ela abordou a natureza do ataque, afirmando que este pode ser interpretado como uma justificativa para a exploração de recursos do Irã. Marquez enfatizou que a situação atual remete a um ciclo de guerras que causou imensas perdas humanas no passado, ligando o presente conflito a eventos traumáticos como a guerra no Iraque. Ela argumentou que os Estados Unidos e Israel, ao se apresentarem como defensores da paz, na verdade, perpetuam um cenário de agressão ao acusarem o Irã de ser o instigador de tensões na região, especialmente devido ao seu programa nuclear civil.

Além dos atos nos Estados Unidos, protestos contrários à intervenção militar também foram registrados em outras partes do mundo, incluindo Teerã, a capital iraniana, e diversas cidades na Grécia, Iraque e Paquistão. Esses movimentos mostram a dimensão global da insatisfação com as ações norte-americanas.

Na França, aconteceram manifestações simultâneas com diferentes agendas. Em Paris, iranianos se reuniram para pedir um cessar-fogo no Oriente Médio, abrangendo não apenas a situação no Irã, mas também a crise na Faixa de Gaza. Em contrapartida, nas proximidades da icônica Torre Eiffel, ocorreu um festival de música em apoio a Israel, que havia sido agendado antes do ataque militar dos EUA. Richard Seban, um dos organizadores desse festival, comentou sobre a necessidade de se buscar a paz, destacando que as tentativas de diálogo devem ser direcionadas a um diálogo construtivo, evitando figuras como o líder iraniano Ali Khamenei.

Esses eventos refletem a complexidade e a polarização das opiniões em relação aos conflitos no Oriente Médio, evidenciando a importância de um debate amplo e acessível sobre a guerra e suas consequências globais.

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