Na Big Apple, a mobilização destacou a voz de Natália Marquez, uma das organizadoras do ato. Em uma entrevista, ela abordou a natureza do ataque, afirmando que este pode ser interpretado como uma justificativa para a exploração de recursos do Irã. Marquez enfatizou que a situação atual remete a um ciclo de guerras que causou imensas perdas humanas no passado, ligando o presente conflito a eventos traumáticos como a guerra no Iraque. Ela argumentou que os Estados Unidos e Israel, ao se apresentarem como defensores da paz, na verdade, perpetuam um cenário de agressão ao acusarem o Irã de ser o instigador de tensões na região, especialmente devido ao seu programa nuclear civil.
Além dos atos nos Estados Unidos, protestos contrários à intervenção militar também foram registrados em outras partes do mundo, incluindo Teerã, a capital iraniana, e diversas cidades na Grécia, Iraque e Paquistão. Esses movimentos mostram a dimensão global da insatisfação com as ações norte-americanas.
Na França, aconteceram manifestações simultâneas com diferentes agendas. Em Paris, iranianos se reuniram para pedir um cessar-fogo no Oriente Médio, abrangendo não apenas a situação no Irã, mas também a crise na Faixa de Gaza. Em contrapartida, nas proximidades da icônica Torre Eiffel, ocorreu um festival de música em apoio a Israel, que havia sido agendado antes do ataque militar dos EUA. Richard Seban, um dos organizadores desse festival, comentou sobre a necessidade de se buscar a paz, destacando que as tentativas de diálogo devem ser direcionadas a um diálogo construtivo, evitando figuras como o líder iraniano Ali Khamenei.
Esses eventos refletem a complexidade e a polarização das opiniões em relação aos conflitos no Oriente Médio, evidenciando a importância de um debate amplo e acessível sobre a guerra e suas consequências globais.