Protestos em Moçambique resultam em três mortes e dezenas de feridos após a oposição contestar resultados eleitorais, aumentando tensão no país.



Uma série de protestos violentos tomou conta de Moçambique nesta quinta-feira (7), resultando em tragédia e ferimentos. Estima-se que pelo menos três pessoas tenham perdido a vida e dezenas ficaram feridas durante os confrontos nas ruas, motivados pela rejeição dos resultados das eleições pelo partido de oposição.

A imbrogliosia ocorreu após a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), que está no poder desde 1975, ser declarada vencedora das eleições realizadas no mês passado. A apuração dos votos revelou que o candidato da Frelimo, Daniel Chapo, obteve mais de 50% dos votos, enquanto Venâncio Mondlane, candidato da oposição, ficou em segundo lugar, com cerca de 20% dos votos. Mondlane, apoiado pelo partido extraparlamentar Podemos, denunciou a eleição como sendo fraudada. Esses eventos descontentes culminaram na recente onda de protestos, que se intensificou desde a divulgação dos resultados no dia 24 de outubro.

Relatos de hospitais indicam que dos 66 feridos, mais de 50 foram atingidos por armas de fogo, enquanto outros sofreram lesões por quedas e agressões físicas. Essa escalada de violência reflete um clima de insatisfação Generalizada com a situação política e social em Moçambique, onde muitos cidadãos expressam frustração com o governo e as condições de vida.

As autoridades locais tentam controlar a situação, mas os confrontos entre manifestantes e a polícia se tornaram frequentes. Durante os protestos, houve relatos de vandalização de bens públicos e privados, revelando a gravidade da crise entre a população e o governo.

Com a situação se desdobrando, o país caminha para um período de incerteza, despertando a atenção da comunidade internacional. O apelo por um diálogo construtivo entre as partes envolvidas é evidente, na esperança de que reformas sejam implementadas e a segurança dos cidadãos seja garantida, uma vez que o povo moçambicano anseia por mudanças significativas em suas vidas e na governança do país.

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