A Câmara dos Deputados aprovou o projeto na última semana, em uma votação que ocorreu de forma controversa durante a madrugada. O texto agora segue para o Senado, onde será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na próxima quarta-feira, 17. O relator do projeto, senador Esperidião Amin, terá a responsabilidade de encaminhar a proposta ao plenário após essa análise.
Entre as figuras que podem se beneficiar de uma possível aprovação do projeto está o ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pela tentativa de golpe de Estado. O deputado Paulinho da Força, relator da matéria na Câmara, indicou que a pena de Bolsonaro poderia ser reduzida para cerca de 2 anos e 3 meses, caso a proposta siga em frente.
A repercussão da votação já gerou preocupações entre setores da sociedade, com a senadora Teresa Leitão expressando sua indignação sobre a forma como o projeto foi aprovado. Em entrevistas, ela clamou por um posicionamento mais responsável do Senado, esperando que o órgão exerça seu papel como uma verdadeira casa revisora, mantendo a integridade do processo legislativo.
Os manifestantes, por sua vez, expressaram nas ruas um apelo claro contra o que consideram uma tentativa de anistiar os responsáveis pelos eventos de janeiro. Os líderes dos protestos destacaram a importância de enfrentar aquilo que vêem como uma possível impunidade, clamor que ecoou em diversos discursos ao longo do dia. A explosão de descontentamento nas capitais revela um cenário político tenso, onde a luta pela justiça se tornou um tema central à medida que o futuro do projeto de lei se desenha nas discussões do Senado.
