As mobilizações, que abarcaram cerca de 33 municípios, incluíram todas as capitais do país. Na Avenida Paulista, em São Paulo, a multidão foi estimada em aproximadamente 42,4 mil pessoas, enquanto Copacabana, no Rio de Janeiro, contou com cerca de 41,8 mil manifestantes, que tiveram a presença de renomados artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Djavan e Chico Buarque, que se uniram à luta por justiça e contra a impunidade.
Em seu discurso, Lula exaltou a união de artistas e cidadãos nas ruas, destacando a importância desses atos em favor da democracia e da luta pela justiça. Ele relacionou os protestos recentes a momentos históricos significativos do Brasil, como as mobilizações pela redemocratização na década de 70 e a campanha das Diretas Já nos anos 80, que clamavam pela realização de eleições diretas para a presidência do país durante o período da ditadura militar.
O presidente não hesitou em reforçar que a luta pela liberdade e pelos direitos democráticos permanece relevante e ressoa nas vozes de muitos brasileiros. Para ele, essas manifestações são uma prova da vibrante participação cívica da sociedade, que continua a reivindicar seus direitos fundamentais e a se opor a medidas que possam ameaçar a democracia.
Desta forma, Lula não apenas valorizou a expressão popular vista nos protestos, mas também a associou a um legado histórico de coragem e compromisso dos brasileiros com a construção de uma sociedade mais justa e democrática. O evento foi, segundo o presidente, uma confirmação de que a arte e a política se entrelaçam na defesa da liberdade e da dignidade do povo.