Protestos contra PEC da Blindagem e anistia são celebrados por Lula como ‘espetáculo da democracia’ em atos históricos em 33 cidades do Brasil

Na última segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifestou sobre os protestos massivos que ocorreram no dia anterior em diversas cidades brasileiras. As manifestações, que reuniram um grande contingente de pessoas em repúdio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem e à anistia proposta para indivíduos envolvidos em atos golpistas, foram elevadas por Lula ao patamar de “espetáculo da democracia”.

As mobilizações, que abarcaram cerca de 33 municípios, incluíram todas as capitais do país. Na Avenida Paulista, em São Paulo, a multidão foi estimada em aproximadamente 42,4 mil pessoas, enquanto Copacabana, no Rio de Janeiro, contou com cerca de 41,8 mil manifestantes, que tiveram a presença de renomados artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Djavan e Chico Buarque, que se uniram à luta por justiça e contra a impunidade.

Em seu discurso, Lula exaltou a união de artistas e cidadãos nas ruas, destacando a importância desses atos em favor da democracia e da luta pela justiça. Ele relacionou os protestos recentes a momentos históricos significativos do Brasil, como as mobilizações pela redemocratização na década de 70 e a campanha das Diretas Já nos anos 80, que clamavam pela realização de eleições diretas para a presidência do país durante o período da ditadura militar.

O presidente não hesitou em reforçar que a luta pela liberdade e pelos direitos democráticos permanece relevante e ressoa nas vozes de muitos brasileiros. Para ele, essas manifestações são uma prova da vibrante participação cívica da sociedade, que continua a reivindicar seus direitos fundamentais e a se opor a medidas que possam ameaçar a democracia.

Desta forma, Lula não apenas valorizou a expressão popular vista nos protestos, mas também a associou a um legado histórico de coragem e compromisso dos brasileiros com a construção de uma sociedade mais justa e democrática. O evento foi, segundo o presidente, uma confirmação de que a arte e a política se entrelaçam na defesa da liberdade e da dignidade do povo.

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