A escultura apresenta uma mão douradamente pintada, simbolizando um sinal positivo, enquanto se impõe sobre a coroa da célebre Estátua da Liberdade. Este ícone da democracia, que historicamente representa a libertação e a esperança, agora se vê sob a sombra de uma interpretação crítica sobre a administração Trump. A presença de quatro placas ao redor da peça é outro aspecto marcante, cada uma carregando declarações polêmicas de figuras políticas, dentre elas uma frase atribuída ao ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro. “Temos muitos valores em comum. Admiro o presidente Trump”, é a citação que atrai atenção e desencadeia debates sobre a relação entre os dois líderes.
A data de instalação da escultura, 14 de junho, não foi escolhida ao acaso; ela coincide com um desfile militar promovido por Trump, comemorando o 250º aniversário do Exército dos Estados Unidos. Este evento, que para alguns simbolizou o patriotismo, para outros representou uma excessiva militarização da política e a erosão de valores democráticos. O ato artístico, portanto, não é apenas uma crítica ao estilo de liderança de Trump, mas também um convite à reflexão sobre o que é ser livre e democrático em um tempo de polarização política.
A intervenção no National Mall não se limita a uma mera exposição de arte, mas transforma-se em um ponto focal de discussão sobre a liberdade de expressão e as nuances que envolvem a admiração e a crítica em cenários políticos tensionados. Em cada camada da escultura, emerge a complexidade das relações internacionais e como líderes de diferentes nações se espelham e se influenciam mutuamente, reavivando o debate sobre o que realmente significa a união de valores entre líderes e sociedades.