Protesto em São Paulo exige justiça e paz ao marcar um ano do conflito em Gaza com críticas aos EUA e à UE.

Na noite de 8 de outubro de 2024, um ato de protesto tomou as ruas de São Paulo como um lembrete do primeiro aniversário do escalonamento do conflito na Faixa de Gaza. Manifestantes se reuniram na Avenida Paulista, partindo do Museu de Arte de São Paulo (MASP) em direção ao Parque Augusta, para expressar sua indignação em relação à postura dos Estados Unidos e da União Europeia frente à Israel e sua recente ofensiva contra a população palestina.

Com gritos e cartazes que denunciavam a conexão desses países com a violência em Gaza, os participantes do ato, mostrando sua solidariedade ao povo palestino, reivindicaram uma resposta internacional mais eficaz à crise humanitária que atualmente aflige a região. O evento, que transcorreu de forma pacífica e sob vigilância da Polícia Militar, chamou a atenção para a grave situação enfrentada por aproximadamente 1,9 milhão de habitantes de Gaza, quase toda a população da faixa, que se encontra deslocada em decorrência dos ataques que deixaram mais de 50 mil palestinos mortos, de acordo com informações do Ministério da Saúde da Palestina.

A ativista Rawa Al-Sagheer, da rede Samidoun de Solidariedade aos Povos Palestinos, destacou a importância deste protesto como um símbolo de resistência. Ela reforçou que a luta palestina não é isolada, mas parte de um movimento crescente em várias nações do Oriente Médio. Al-Sagheer mencionou: “Estamos vendo que a resistência está se ampliando no Oriente Médio, chegando ao Líbano, ao Irã e à Síria”, indicando que, apesar da forte repressão, o desejo por liberdade e dignidade continua a mobilizar populações na região.

Ela também se referiu ao suporte externo dado a Israel, ressaltando o papel do imperialismo, especialmente dos Estados Unidos, ao considerar que a existência de Israel é um reflexo das potências ocidentais na política do Oriente Médio. “Ainda estamos lutando”, afirmou, reafirmando a determinação do povo palestino em persistir na busca por seus direitos.

Durante o protesto, muitos participaram de debates e discussões sobre a necessidade de uma solução que observe os direitos humanos e a condição dos refugiados. Ativistas e representantes da comunidade palestina no Brasil esperam que a mobilização traga à tona a urgência de uma resposta global mais solidária e efetiva em relação à questão palestina. À medida que os conflitos permanecem intensos, o ato em São Paulo ressoa como uma chamada à ação e empatia, enfatizando que a história da resistência palestina continua a se desenvolver e se conectar com lutas mais amplas por justiça e dignidade.

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