Com gritos e cartazes que denunciavam a conexão desses países com a violência em Gaza, os participantes do ato, mostrando sua solidariedade ao povo palestino, reivindicaram uma resposta internacional mais eficaz à crise humanitária que atualmente aflige a região. O evento, que transcorreu de forma pacífica e sob vigilância da Polícia Militar, chamou a atenção para a grave situação enfrentada por aproximadamente 1,9 milhão de habitantes de Gaza, quase toda a população da faixa, que se encontra deslocada em decorrência dos ataques que deixaram mais de 50 mil palestinos mortos, de acordo com informações do Ministério da Saúde da Palestina.
A ativista Rawa Al-Sagheer, da rede Samidoun de Solidariedade aos Povos Palestinos, destacou a importância deste protesto como um símbolo de resistência. Ela reforçou que a luta palestina não é isolada, mas parte de um movimento crescente em várias nações do Oriente Médio. Al-Sagheer mencionou: “Estamos vendo que a resistência está se ampliando no Oriente Médio, chegando ao Líbano, ao Irã e à Síria”, indicando que, apesar da forte repressão, o desejo por liberdade e dignidade continua a mobilizar populações na região.
Ela também se referiu ao suporte externo dado a Israel, ressaltando o papel do imperialismo, especialmente dos Estados Unidos, ao considerar que a existência de Israel é um reflexo das potências ocidentais na política do Oriente Médio. “Ainda estamos lutando”, afirmou, reafirmando a determinação do povo palestino em persistir na busca por seus direitos.
Durante o protesto, muitos participaram de debates e discussões sobre a necessidade de uma solução que observe os direitos humanos e a condição dos refugiados. Ativistas e representantes da comunidade palestina no Brasil esperam que a mobilização traga à tona a urgência de uma resposta global mais solidária e efetiva em relação à questão palestina. À medida que os conflitos permanecem intensos, o ato em São Paulo ressoa como uma chamada à ação e empatia, enfatizando que a história da resistência palestina continua a se desenvolver e se conectar com lutas mais amplas por justiça e dignidade.