No último sábado, um grande número de israelenses voltou às ruas para protestar contra o governo de Benjamin Netanyahu devido ao fracasso em assegurar o retorno dos reféns restantes em Gaza. Esses protestos ocorreram em meio a mais ataques aéreos na região que resultaram na morte de mais de uma dúzia de pessoas, de acordo com informações de hospitais e autoridades locais. A guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas já completa 11 meses.
Este protesto ganhou força uma semana após a descoberta de seis reféns mortos em Gaza, o que aumentou a pressão sobre o governo para alcançar um acordo de cessar-fogo. Netanyahu, por sua vez, reagiu de forma enfática, declarando que “ninguém vai me dar sermão” em relação às críticas recebidas.
Os Estados Unidos e outros aliados têm pressionado Israel a chegar a um acordo de cessar-fogo, mas Netanyahu insiste no controle israelense do corredor de Filadélfia, alegando que o Hamas utiliza essa área para contrabandear armas, algo negado tanto pelo Egito quanto pelo próprio Hamas.
Desde o início da guerra, em outubro do ano passado, mais de 1.200 pessoas foram mortas, principalmente civis, em ataques do Hamas contra Israel. Estima-se que mais de 100 reféns ainda estejam sob o controle do grupo terrorista, com autoridades israelenses acreditando que cerca de um terço deles estejam mortos.
Paralelamente aos conflitos, os profissionais de saúde de Gaza realizaram uma campanha de vacinação contra a poliomielite, visando imunizar 640 mil crianças em meio à destruição do sistema de saúde causada pela guerra. A terceira fase da vacinação está prevista para acontecer na região norte de Gaza.