Com cartazes que traziam mensagens como “Maceió só é massa quando a cultura é de fora”, “cultura alagoana pede ajuda” e “por um conselho de cultura democrático”, os manifestantes chamaram a atenção dos transeuntes que passavam pelo local. Alguns deles até mesmo carregavam um “caixão” simbolizando o descaso da gestão com a cultura local.
O movimento, que conta com a participação de vinte fóruns e grupos culturais, planejou uma série de atividades ao longo do dia, incluindo debates sobre a situação da cultura em Maceió e apresentações artísticas, que vão desde música, teatro e dança até cinema e manifestações afro.
Entre as principais reivindicações dos manifestantes estão o pagamento dos cachês atrasados, incluindo os valores dos projetos selecionados pela Lei Paulo Gustavo (LPG), e a criação do Conselho Municipal de Cultura, com a reedição de um decreto que foi considerado antidemocrático e autoritário.
Em resposta às demandas, a Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa (Semce) emitiu uma nota à imprensa informando que está em diálogo com o Ministério Público Estadual para avaliar a legalidade da concessão do pleito que visa a paridade no Conselho Municipal de Políticas Culturais. Quanto aos pagamentos da LPG, a pasta garantiu que os processos estão em andamento e que mais de 4 milhões de reais já foram pagos, com a promessa de aumentar os pagamentos diários.
O protesto demonstra a insatisfação e a mobilização dos trabalhadores da cultura em Maceió, que seguem lutando por seus direitos e pela valorização da cena cultural local.