Proteína chave é descoberta por pesquisadoras espanholas como elemento para controlar queima de gordura e perda de peso.

Um estudo recente liderado por pesquisadoras espanholas trouxe à tona uma descoberta revolucionária sobre o papel de uma proteína-chave no controle do mecanismo de queima de gordura no organismo. As quatro investigadoras do Centro Nacional de Câncer Espanhol (CNIO) foram responsáveis por desvendar o mistério por trás da proteína MCJ (J controlada por metilação), cujo papel até então era desconhecido.

Publicado na renomada revista Nature Communications, o estudo revelou que a MCJ desempenha um papel fundamental na produção de calor no organismo, influenciando diretamente a queima de gordura. Ao bloquear a produção dessa proteína em camundongos, os pesquisadores observaram um aumento significativo na transformação da gordura em calor, elevando a temperatura corporal dos animais.

A descoberta foi além ao identificar que a MCJ controla um dos mecanismos de produção de calor na gordura marrom, que é responsável pela termogênese e pela manutenção da temperatura corporal. Diferentemente da gordura branca, que armazena energia, a gordura marrom é capaz de gerar calor, e sua desativação pela presença da MCJ parecia ser um mecanismo de controle do corpo.

Resultados impressionantes foram observados nos testes com camundongos obesos, nos quais a bloqueio da MCJ resultou em uma maior produção de calor e, consequentemente, na perda de peso dos animais. Além disso, o transplante de gordura marrom sem a presença da proteína foi suficiente para reduzir o peso dos camundongos, indicando uma melhora na forma como o corpo consome energia.

Os benefícios da identificação desse mecanismo vão além do emagrecimento, podendo representar uma nova abordagem no tratamento da obesidade e diabetes. A pesquisadora do CNIO, Beatriz Cicuéndez, destacou que a remoção da MCJ na gordura marrom pode proteger os animais contra problemas de saúde relacionados à obesidade, como diabetes e aumento de lipídios no sangue.

Agora, as pesquisadoras se dedicam a investigar se a remoção da proteína também pode reduzir o risco de crescimento de tumores ou a caquexia, contribuindo para uma compreensão mais ampla dos benefícios dessa descoberta. O estudo promete abrir novas perspectivas no campo da saúde e do combate às doenças associadas à obesidade, trazendo esperança para um futuro mais saudável. Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de todas as novidades sobre esse tema!

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