A resolução consiste em um projeto de duas etapas, que prevê o financiamento para militares e o Departamento de Energia até 19 de janeiro, e garantiria o orçamento para outras áreas até 2 de fevereiro. De acordo com a CNN, nenhuma das legislações traria mais dinheiro para apoio militar a Israel ou Ucrânia.
Em suas redes sociais, Johnson explicou que a opção por fatiar o plano visa permitir negociações em temas sensíveis, como a segurança da fronteira com o México. Segundo o presidente da Câmara, a resolução em duas etapas é fundamental para posicionar os republicanos da Câmara da melhor forma para lutar por vitórias conservadoras.
O objetivo é impedir a aprovação de um volume significativo de gastos públicos antes do recesso do Natal. Johnson destacou que, com a dívida saindo de controle e os custos crescentes da ‘Bidenomics’ prejudicando as famílias e a fronteira sul aberta, é essencial que os republicanos da Câmara estejam posicionados da melhor forma para lutar pelo povo americano.
Essa estratégia representa o primeiro grande desafio para Johnson, que assume a liderança da Câmara em meio a uma apertada maioria. Seu antecessor, Kevin McCarthy, foi removido do cargo após ter articulado uma resolução orçamentária que estendeu em mais de um mês o prazo para evitar a paralisação. A solução irritou a ala mais à direita do partido, que se uniu aos democratas para derrubá-lo em uma votação de confiança.
Anteriormente, a relação de McCarthy com parte dos correligionários já havia ficado estremecida após um acordo com o governo de Joe Biden para suspender o teto da dívida, o que gerou um impasse entre os republicanos na escolha de um novo chefe da Câmara. Este tema paralisou o Congresso por semanas.
A proposta de Johnson representa uma tentativa de evitar nova paralisação do governo e encontrar um consenso entre as diferentes alas do partido republicano, trazendo um fôlego para a liderança recém-assumida do presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.