PRONUNCIAMENTO! Deputado Albuquerque Critica Ações “Grotescas” da FPI contra Moradores Rurais e Defende Mudanças na Legislação sobre Animais Silvestres e Abates

Em uma sessão acalorada na Assembleia Legislativa de Alagoas, na última quinta-feira, o deputado Antonio Albuquerque, do partido Republicanos, fez duras críticas contra as operações de fiscalização conduzidas pela Fiscalização Integrada Preventiva do São Francisco (FPI) dentro do estado. Albuquerque manifestou seu desagrado com a abordagem das entidades fiscalizadoras nas áreas rurais dos municípios do interior, ao afirmar que a intervenção dessas forças tem sido desmedida e excessivamente rigorosa para com a população local.

Uma das operações mais recentes citadas pelo deputado ocorreu na cidade de Limoeiro de Anadia, onde fiscais apreenderam carnes em abatedouros considerados irregulares e aves silvestres mantidas em cativeiro. Albuquerque expressou preocupação de que, em breve, os moradores da zona rural possam enfrentar dificuldades até mesmo para criar animais de subsistência em seus domínios, como galinhas ou suínos, sem serem obrigados a recorrer a abatedouros regulamentados, o que resultaria em custos adicionais que muitos não estariam preparados para absorver.

Além de refletir sobre as implicações econômicas dessas medidas, Albuquerque levantou questões sobre a própria sobrevivência digna das pessoas afetadas. “Será que o custo disso permite que esse homem ganhe o mínimo para ele sobreviver? Será que o Estado e o Ministério Público oferecem a esse cidadão a sobrevivência com dignidade?” – questionou o parlamentar no plenário.

Outro ponto que suscitou a indignação do deputado foi o resgate de animais silvestres pelos agentes fiscalizadores. Albuquerque expressou surpresa e desapontamento com o zelo das instituições em retirar pássaros silvestres de cidadãos que os criam há anos. Ele prometeu questionar o procurador-Geral de Justiça, Lean Araújo, com a intenção de buscar um entendimento sobre a legislação que embasa tais ações. Além disso, Albuquerque anunciou planos para propor um projeto de lei que permitiria aos habitantes rurais regularizar a posse de aves silvestres mantidas em suas casas por longos períodos.

O pronunciamento de Albuquerque encontrou eco no deputado Cabo Bebeto, que manifestou apoio à ideia de que cada estado deveria ter mais autonomia para legislar sobre questões específicas, de modo a respeitar as tradições e realidades locais. Bebeto argumentou que isso garantiria decisões mais alinhadas aos interesses e necessidades singulares do povo alagoano.

Essa discussão acalorada ressoa no cenário político local, destacando tensões entre regulamentação ambiental e a sobrevivência econômica das comunidades rurais, levantando questões sobre como equilibrar desenvolvimento sustentável e respeito às tradições locais.

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