A discussão em torno do arquivo está atrelada à data de posse do novo presidente, a qual ocorre em janeiro de 2025. Segundo a política vigente, um presidente em exercício não pode ser processado. Logo, há uma pressão crescente para que os casos sejam concluídos antes dessa data, uma vez que podiam se tornar juridicamente complexos e menos viáveis, caso Trump retorne ao cargo após a eleição que se aproxima.
Os processos representam algumas das mais sérias acusações enfrentadas por Trump. Um deles, referente ao estado da Geórgia, envolve a acusação de que ele e outros conspiraram para interferir nas eleições de 2020. O segundo caso, que se origina de Manhattan, lida com a alegação de falsificação de registros comerciais, onde Trump estaria tentando ocultar pagamentos efetuados à atriz pornô Stormy Daniels, com quem manteve um relacionamento durante sua campanha eleitoral.
Recentemente, Trump foi condenado em um desses casos, o de Manhattan, enfrentando um total de 34 acusações criminais, que, se não encerradas, poderiam levar ao seguinte desdobramento legal, com a sentença marcada para ocorrer em 26 de novembro. No entanto, especialistas advogam que é bem provável que essa data seja adiada, especialmente em função da proximidade do novo ciclo eleitoral.
Os advogados de Trump também têm até 21 de novembro para responder a outras alegações relativas à interferência nas eleições, o que gera um clima de incerteza em torno do futuro judicial do ex-presidente. Segundo análises jurídicas, a estratégia que Trump poderá adotar inclui solicitar ao Departamento de Justiça a suspensão dos processos em curso, o que poderá resultar em um desfecho favorável à sua defesa e, potencialmente, evitar um julgamento enquanto ele estiver em uma posição de poder. A situação continua a se desenrolar, com reações esperadas tanto do público quanto do sistema judicial nos próximos meses.