Segundo o promotor, mais de 2,1 milhões de endereços ficaram sem energia por quase uma semana após um forte temporal atingir São Paulo no início do mês, e um novo apagão afetou 290 mil pessoas na semana passada. Marques afirmou que a Enel opera com equipe reduzida, o que resultou no atraso no restabelecimento da energia. Ele destacou que a empresa não está cumprindo o contrato, e que isso é incontestável.
O promotor também informou que a Enel pode ser alvo de multas bilionárias e que a cassação da concessão está prevista. Além disso, há investigações em andamento nas Promotorias do Consumidor e de Habitação e Urbanismo que também atingem a Enel. Na semana passada, a empresa foi notificada para apresentar um plano de emergência para evitar novos apagões.
A Enel, por sua vez, se recusou a comentar as declarações do promotor. A empresa é responsável pelo fornecimento de energia em todo o Estado de São Paulo, e ainda faltam cinco anos para o fim do contrato. No entanto, o prefeito Ricardo Nunes está tentando cancelar a concessão, embora a palavra final caiba à União.
Silvio Marques ressaltou que os principais prejudicados são os contribuintes, mas que o Estado e os municípios também tiveram muitas despesas devido aos apagões. Os consumidores e os cofres públicos podem ser indenizados pela Enel, segundo o promotor.
As denúncias do promotor Silvio Marques colocam em xeque a qualidade dos serviços prestados pela Enel em São Paulo e levantam questões sobre a responsabilidade da empresa perante a população e o poder público. O impasse entre a concessionária e as autoridades estaduais e municipais promete continuar, enquanto a Enel enfrenta uma série de investigações por supostas falhas no fornecimento de energia elétrica.